A Princesa e o Goblin

6 min

Princess Elara stands at the cave’s mouth as torches flicker on rocky walls

Sobre a História: A Princesa e o Goblin é um Histórias de Fantasia de united-kingdom ambientado no Histórias Medievais. Este conto Histórias Descritivas explora temas de Histórias de coragem e é adequado para Histórias para Crianças. Oferece Histórias Inspiradoras perspectivas. Um encantador conto de fantasia britânica sobre coragem real e amizades subterrâneas.

Introdução

Antes do romper da aurora sobre as ondulantes colinas do Reino Unido, o antigo castelo de Highmoor jazia envolto numa neblina prateada que se agarrava às ameias desgastadas e às muralhas cobertas de hera. Na torre mais alta, a princesa Elara contemplava o vale tranquilo, o coração atraído pelos mistérios sussurrados na escuridão. Desde criança, ela ouvia ecos tênues subindo lá de baixo – um suave murmúrio de vozes, o tilintar distante de metal, um ocasional clarão de tochas nas profundezas sob as pedras.

Os servos diziam que aqueles sons vinham dos goblins, criaturas antigas que habitavam as cavernas labirínticas muito abaixo dos alicerces do castelo. Avisavam-na de que ela jamais deveria se aproximar das entradas ocultas ou desafiar as artimanhas astutas dos goblins. Mas Elara não conseguia ignorar o arrepio de empolgação em seu peito ao imaginar mundos secretos à espera de serem descobertos. Ela apertava um delicado anel de ouro forjado no dedo, presente de sua bisavó, que um dia percorreu os mesmos caminhos em busca de magia e conhecimento esquecidos. O anel parecia vibrar com um calor suave sempre que ela se aproximava da porta encantada oculta atrás de uma tapeçaria no corredor norte. Hoje, com a luz do dia ainda pálida e silenciosa, Elara decidiu destrancar aquela porta e seguir seus instintos, fosse lá onde eles a levassem.

Sem que ela soubesse, um jovem correeiro de estábulo chamado Rowan, com um manto esfarrapado impregnado de feno e cheiro de fumaça de lenha, também sentia-se atraído pelas histórias de túneis secretos e riquezas ocultas. Com uma picareta simples pendurada às costas, com a cabeça de ferro desgastada por anos de reparos, mas afiada pelas mãos determinadas de Rowan, ele se preparava para a aventura. Seus mundos estavam prestes a colidir de formas que nenhum dos dois poderia imaginar, forjando uma aliança que os levaria a uma perigosa jornada sob a terra. Coragem, amizade e uma centelha de magia os guiariam por corredores sinuosos, armadilhas traiçoeiras e pela astúcia do próprio rei goblin. Lá, nos corredores escuros como breu, o destino do castelo – e do coração de Elara – pendia na mais delicada balança. No silêncio pálido da aurora, o primeiro passo na sombra significava entrar na lenda. É aqui que nossa história realmente começa, bem abaixo das muralhas de pedra onde luz e escuridão disputam o poder.

Uma Descoberta Real

Os dedos da princesa Elara tremiam enquanto ela traçava as inscrições rúnicas na pesada porta de ferro oculta atrás da tapeçaria. Cada símbolo brilhava suavemente na luz trêmula da sua lanterna, reagindo ao toque como se reconhecesse linhagens de sangue e juramentos ancestrais. Um clique suave ecoou pelo corredor quando uma última runa se alinhou, liberando um mecanismo complexo na pedra. A porta se abriu para dentro com um suspiro rangente que parecia acordar algo mais profundo nos alicerces do castelo. Motes de poeira dançavam no clarão da lanterna enquanto Elara espiava por uma estreita escada em espiral que mergulhava no subterrâneo. Ela hesitou, mas o anel no seu dedo pulsou com calor, aconselhando-a a seguir em frente. Com passos cautelosos, ela se enfiou na escuridão, a barra de seu vestido roçando as paredes cobertas de musgo. Cada pisada ecoava alto naquele poço silencioso, fazendo seu coração disparar entre o assombro e o medo.

Logo ela chegou a um patamar onde uma segunda porta, marcada com sigilos de proteção e runas semiapagadas, convidava a ser decifrada. Ela afastou séculos de teias de aranha e pronunciou um nome que ouvira sussurrado pelos servos mais antigos — "Isolde", revelou-se a senha secreta de sua bisavó. Instantaneamente o portão se escancarou, revelando uma estreita beira que contornava um abismo vertiginoso, de onde despontava o brilho oscilante de lanternas goblin. Longe, abaixo das câmaras reais, degraus talhados conduziam a uma enorme caverna, cujas abóbadas se perdiam na penumbra. Estalactites pingavam água gelada sobre pavimentos de pedra antigos, marcados por mãos invisíveis. O cheiro de fumaça e terra subia em ondas pungentes, trazendo avisos de mil bocas ocultas. No fundo da caverna, Elara avistou paredes rústicas forradas de tochas e, além delas, uma rede labiríntica de túneis que desaparecia na escuridão. Ali, ela percebeu, vivia uma civilização silenciosa, que prosperava no coração da terra. Seu pulso se acelerou ao pensar nas maravilhas e perigos que a aguardavam nos corredores goblin, e ela podia sentir o destino chamando-a tão seguramente quanto o brilho suave do anel a impulsionava.

Princesa e serviçal do estábulo na porta escondida, descendo escadarias em espiral sob um castelo.
Elara e Rowan encontram a antiga porta de ferro que leva às Túneis dos Goblins.

Quando ergueu a lanterna para sondar a via principal dos túneis, ouviu um pigarro suave. Virou-se e encontrou Rowan pisando no patamar, a picareta em mãos e os olhos arregalados de surpresa. "Princesa Elara?" sussurrou ele, maravilhado. Seu sorriso era resoluto, embora o manto estivesse salpicado de lama e palha. "Eu— achei que tinha visto a tapeçaria se mover", acrescentou, com a voz trêmula de hesitação. Ela o observou por um longo instante e, então, sorriu. Ambos estavam prestes a descer ao desconhecido, e nenhum deles faria isso sozinho. Juntos, colocaram o pé no degrau de pedra, lado a lado, prontos para reivindicar segredos enterrados sob as pedras de Highmoor. A expectativa pairava pesada no ar, repleta da promessa de aventura, revelações e provas que testariam os corações mais corajosos.

Conclusão

Na quietude que se seguiu à vitória final, a brisa trouxe ecos distantes dos tambores goblin, agora silenciados. A princesa Elara e Rowan emergiram na luz radiante da manhã no pátio do castelo, com os rostos marcados pelo pó e pelo triunfo. O anel no dedo de Elara cintilava fracamente, como se se despedisse dos recantos profundos por onde a guiara. Guardas e servos se reuniam em volta, espantados com as histórias do vasto submundo, do rei astuto e do exército de criaturas que se curvaram diante de sua coragem. Rowan sacudiu a lama das botas e fez uma reverência tímida à princesa, que riu suavemente diante de sua sinceridade. Ela compreendeu que a bravura não pertencia apenas à realeza, mas a qualquer coração suficientemente audacioso para entrar na sombra. Lá em cima, nas ameias, a luz do sol reluzia na pedra antiga, lembrando-lhes que toda lenda começa com uma única escolha. Elara entrelaçou a mão à de Rowan e, juntos, atravessaram o pátio, forjando um laço que ecoaria pelos salões do castelo por gerações. Sua jornada pela escuridão estava concluída, mas sua magia perdurava — em histórias sussurradas à luz de tochas, na coragem dos corações jovens e na promessa de que até mesmo as profundezas ocultas podem ser conquistadas pela esperança, pela amizade e por uma vontade inquebrantável.

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