Castelo do Vampiro

9 min

Ravenhold Manor brooding against stormy skies, where the pact’s shadows first stir.

Sobre a História: Castelo do Vampiro é um Histórias de Fantasia de united-states ambientado no Histórias Contemporâneas. Este conto Histórias Dramáticas explora temas de Histórias de Bem vs. Mal e é adequado para Histórias para Adultos. Oferece Histórias Divertidas perspectivas. Um pacto sombrio por poder que ameaça quebrar uma maldição ancestral.

Introdução

Em uma crista varrida pelos ventos, no interior de Nova York, ergui´a-se Ravenhold Manor, com seus pináculos go´ticos entrelaçados de hera e sombra. Sob nuvens que pareciam resmungar como seres vivos, suas paredes de pedra testemunhavam silentes décadas de desgraça e glória desvanecida. Dentro do casarão, Eleanor Hawthorne percorria o salão principal com um vestido de seda azul-meia-noite, cada passo ecoando sobre o mármore frio. Ela apertava contra o peito um relicário antigo — uma herança que, diziam, continha a chave para a salvação ou a ruína de sua família. Além das amplas janelas arqueadas, relâmpagos iluminavam as estátuas de gárgulas empoleiradas nas torres, observando e esperando.

O pai de Eleanor, outrora um industrial respeitável, apostara tudo em fortunas que nunca chegaram. Sua mãe jazia acamada, esmorecendo sob sonhos febris de sangue e profecias sussurradas. O nome Hawthorne tornara-se sinônimo de tragédia, riquezas perdidas e dívidas impagáveis. Agora, os últimos mandados de cobrança do credor ocupavam o hall de entrada como abutres em volta de carniça. Eleanor sabia que sua família enfrentava a ruína antes do amanhecer. Movida pelo desespero, ela havia recorrido a saberes proibidos, seguindo rumores e mitos até encontrar um nome acima de todos: Berekus, o antigo senhor vampiro cujo apetite por sangue só rivalizava com sua sede de domínio.

À luz vacilante das velas na cript¸a secreta do casarão, ela recitava encantamentos que mal compreendia. As paredes de pedra reluziam com a umidade enquanto o ar ficava frio e imóvel. Uma figura surgiu das sombras — alta, pálida, com olhos de prata fundida. Sua presença drenava todo calor do ambiente, e Eleanor se fortaleceu contra o medo que ameaçava dominá-la. Berekus falou com voz ao mesmo tempo aveludada e cortante: concederia poder, restauraria a fortuna da família e curaria sua mãe — se ela lhe oferecesse sangue em troca. Não um gole, mas um fluxo constante.

Eleanor hesitou. Cada fibra de seu ser se rebelava ante a ideia de ceifar uma vida humana. Mas que escolha lhe restava? Ela deu um passo adiante e apoiou a palma trêmula na garganta do senhor, sentindo a lâmina fria de suas presas. A primeira gota beijou sua pele. Num instante, o casarão estremeceu e as chamas das velas vacilaram. Um sussurro pairou no ar, falando de correntes há muito quebradas e de maldições renascidas. Eleanor caiu de joelhos, o preço pago — mas à beira do pacto, uma verdade mais sombria se impunha: e se esse acordo fizesse mais do que restaurar? E se despertasse uma maldição mais antiga e aterradora do que qualquer dívida?

Assim teve início a noite que determinaria o destino de Ravenhold, da linhagem Hawthorne e, talvez, do mundo inteiro. O sangue fora oferecido, e o poder respondera — mas a que custo?

A Dívida de Sangue

Eleanor despertou num torpor de luz carmesim. As velas da cript¸a haviam se consumido, e Berekus desaparecera, mas o cheiro de ferro e magia ainda pairava no ar. Ela subiu às escadas estreitas em fuga, passou por corredores cujos tapeçários sussurravam histórias de antepassados há muito mortos, cada retrato parecendo vigiá-la com olhos vazios. Na biblioteca, encontrou a mãe adormecida numa poltrona de encosto alto, pálida como mármore, mas respirando com regularidade. Sobre a mesa, reluziam moedas de ouro, escrituras assinadas e cartas de quitação — a prova de que as dívidas Hawthorne haviam sido anuladas. O alívio quase fez Eleanor verter lágrimas, mas por trás do triunfo, o pavor se agitou.

Altar de pedra antigo, escorrendo sangue, sob a lua em uma cripta.
O altar amaldiçoado na cripta onde pactos sombrios eram selados.

À luz do dia, Ravenhold recuperou seu silêncio empoeirado, como se nada houvesse mudado. Ainda assim, no café da manhã, Eleanor notou o olhar vazio dos empregados — os servos moviam-se com uma graça antinatural, sorrisos excessivamente rígidos. A lealdade deles sempre fora inabalável, mas agora parecia imposta. Quando questionou, falaram de visitantes misteriosos que chegavam de carruagem — caçadores de mantos escuros, atraídos por rumores de poder, buscando audiência com seu mestre. Histórias sobre magia de sangue haviam ultrapassado as colinas, e onde Berekus andava, o perigo o acompanhava.

Naquela noite, Eleanor aventurou-se pelos salões iluminados por velas até o jardim de inverno, onde a neblina do interior pressionava os vitrais coloridos. O relicário em seu peito pulsava, um batimento que não era dela. De repente, sentiu uma mudança — algo ancestral se agitava sob o chão de pedra. Veio parar na entrada da cript¸a, compelida por uma força invisível, atraída pela escuridão que antes desafiara. Lá, no altar, um livro jazia aberto: páginas irrigadas em sangue e prata. Ele falava da Maldição de Ravenhold, um antigo flagelo familiar ligado ao pacto Hawthorne com a escuridão personificada. Segundo o manuscrito desbotado, o acordo prenderia as almas da família ao castelo, a menos que um verdadeiro sacrifício de compaixão o anulas­se.

Eleanor compreendeu que o pacto estava incompleto. Berekus havia tomado sangue, sim — mas a maldição ansiava por arrependimento e sofrimento redentor. Ela precisava encarar o senhor vampiro novamente, forçá-lo a confrontar a humanidade que abandonara há séculos. Mas ele sumira ao romper da aurora — e, com sua partida, um frio sobrenatural tomou conta do casarão. Lâmpadas tremeluziram, trancas se fecharam com estalos, e os servos entregaram-se a um sono inquieto, amaldiçoados a sonhar com altares banhados em sangue. Enquanto buscava por Berekus, Eleanor descobriu passagens secretas atrás de estantes da biblioteca e paredes da cript¸a, que mergulhavam mais fundo na terra do que ela ousara imaginar. Ali, vozes sussurravam e ossos jaziam espalhados, remanescentes de rituais passados. Ela prosseguiu, determinada a romper o ciclo antes que outra dívida de sangue fosse cobrada.

(Conteúdo adicional continua, tecendo alianças com caçadores céticos, confrontos em pátios iluminados pela lua e a revelação da trágica origem de Berekus — ampliando o capítulo para revelar verdades ocultas e tensão crescente.)

Sombras do Passado

Sob o brilho prateado da lua, Eleanor uniu forças a Gabriel Thorne, um caçador cuja família já sofrera às mãos de Berekus. A aliança instável despertou tensão e uma confiança relutante. Em perseguições à meia-noite pelos pátios enevoados, rastrearam o rastro do vampiro desde as criptas de Ravenhold até propriedades familiares abandonadas. Cada local carregava cicatrizes — cadáveres exauridos de sangue, jardins murchos, vitrais estilhaçados. Encontraram cartas trocadas entre Berekus e um antepassado de Eleanor, confirmando que o primeiro pacto fora feito para ser temporário, selado por um ato de redenção que nunca ocorreu.

Capela cheia de destroços, iluminada por velas e com destroços caindo
Eleanor confronta o senhor dos vampiros no meio de uma capela em ruínas.

Quanto mais se aprofundavam, mais a presença de Berekus se erguia como uma tempestade. Sombras se formavam e se dissipavam; sussurros de desejo e fúria percorriam as paredes. Eleanor o confrontou na velha capela, com vitrais rachados e fragmentos coloridos refletindo a luz das velas. Exigiu os termos finais do pacto: o que seria preciso para libertar sua família de vez? Berekus revelou a torção cruel da maldição — apenas uma vida não vinculada pelo sangue poderia quebrar a corrente. Ofereceu a própria, instando-a a cravá-lo com uma estaca no coração. Num instante, ele morreria como um mortal e libe­raria os que estavam presos. Mas mesmo tocado pelo remorso, séculos de fome lutavam contra o apelo. Eleanor hesitou, dividida entre a compaixão e o dever.

Lá fora, uma turba de mercenários sedentos por sangue investia contra o castelo, instigada pelos rumores do ouro do vampiro. Flechas zumbiam pelas janelas quebradas, chamas lambiam tapeçarias antigas, e servos se voltaram uns contra os outros em frenesi vampírico. No caos, Gabriel protegia Eleanor, abatendo os infectados, enquanto ela encarava Berekus em meio aos escombros. Seus olhares se cruzaram — vampiro e humana — cada um em busca de salvação. O confronto final dependia de sua escolha: concluir o golpe mortal ou arriscar a fúria vampírica em busca de outro caminho.

(O capítulo se expande para incluir fugas desesperadas, dilemas morais e o desmoronar de ilusões antigas, conduzindo a um clímax épico onde misericórdia e justiça colidem.)

Alvorada da Redenção

A primeira luz do amanhecer sangrava o céu quando Eleanor ergueu a estaca, as mãos trêmulas. Berekus ajoelhou-se, aceitando o golpe, com os cabelos prateados espalhados sobre o mármore quebrado. Naquele instante, ela hesitou, lembrando-se de cada palavra do texto antigo. A maldição só se romperia se ele escolhesse a mortalidade de livre e espontânea vontade, mas a compaixão exigia sacrifício voluntário. Com lágrimas, ela falou: “Mate-me primeiro.” Um choque percorreu o ar quando Gabriel avançou, pronto para detê-la. Ainda assim, Eleanor manteve-se firme, o coração martelando no peito. Berekus ergueu os olhos, compreendendo enfim o verdadeiro significado da liberdade.

Nascer do sol lançando uma luz dourada sobre uma varanda gótica restaurada
O amanhecer surge sobre a Mansão Ravenhold, finalmente livre de sua maldição.

Ele apoiou as mãos frias nos ombros dela. “Minha vida pela sua”, sussurrou. Num reflexo, fincou a estaca no próprio peito. A luz explodiu e um grito, diferente de qualquer pranto mortal, ecoou pelos salões. A maldição se desfez como fio ao fogo, a dívida de sangue extinta. Ravenhold Manor estremeceu, depois mergulhou no silêncio. Quando Eleanor abriu os olhos, a cript¸a estava vazia — nenhum corpo restava, apenas cinzas sobre o altar.

Lá fora, os primeiros raios de sol tocaram as torres do casarão, banhando-as em ouro. Os empregados despertaram de seu torpor, livres do véu de escuridão. Gabriel ficou ao lado de Eleanor no terraço, o ar da manhã fresco e renovador. O relicário jazia partido a seus pés, sua magia consumada, mas sua promessa cumprida. O futuro de Ravenhold finalmente se iluminava de possibilidades, livre dos pecados ancestrais.

Nas semanas seguintes, Eleanor restaurou a propriedade e devolveu a saúde à mãe. Relatou a verdadeira história da redenção do senhor vampiro, garantindo que o mundo lembrasse Berekus não como um monstro, mas como o sacrifício que salvou Ravenhold. E, quando a noite caía, o casarão permanecia sereno — suas sombras, antes famintas, agora em paz.

Conclusão

A história de Vampire’s Castle perdura como testemunho das escolhas feitas na escuridão e da luz que delas pode emergir. A coragem de Eleanor para enfrentar uma criatura da noite e reconhecer a humanidade nela se tornou a pedra angular da redenção. Ela provou que o verdadeiro poder não reside no derramamento de sangue, mas na disposição de sacrificar a si mesmo pelo bem maior. À medida que se espalhava a notícia da transformação milagrosa de Ravenhold, peregrinos e estudiosos vinham maravilhar-se com o casarão renascido — não mais um lugar de temor, mas um farol do triunfo da compaixão.

Embora os salões ainda ecoem lembranças, agora carregam o riso de crianças e o calor de uma vida renovada. Gabriel Thorne assumiu o papel de protetor e, junto a Eleanor, guardou o legado de misericórdia que ela gravou na história. No fim, a maldição que prendia a linhagem Hawthorne dissolveu-se em mito, um conto preventivo sobre o poder sem limites. Mas, acima de tudo, tornou-se uma história de esperança: a de que mesmo na hora mais sombria da humanidade, um único ato de bondade pode quebrar correntes tão inquebráveis quanto a morte. E assim, Vampire’s Castle ergue-se para sempre como prova de que a redenção é possível — até para quem caminha nas sombras.

Das cinzas de acordos ancestrais, nasceu uma nova aurora — e com ela, a promessa de que nenhuma maldição resiste à luz de um coração disposto.

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