Ilha do Tesouro: A Ilha das Riquezas Escondidas

9 min

Sobre a História: Ilha do Tesouro: A Ilha das Riquezas Escondidas é um Histórias de Ficção Histórica de united-kingdom ambientado no Histórias do Século XIX. Este conto Histórias Dramáticas explora temas de Histórias de coragem e é adequado para Histórias para Todas as Idades. Oferece Histórias Divertidas perspectivas. Uma ousada aventura de piratas começou às margens áridas do Reino Unido, em uma busca por tesouros enterrados e traições.

Introdução

O capitão Elias Ashford erguia-se no convés de popa da Fragata Crimson, o vento do Atlântico Norte fustigando seu casaco escuro e chicoteando seus cabelos prateados para trás, afastando-os de sua testa larga. Abaixo dele, a tripulação lutava com cordas e vergas, vozes erguidas em um coro ensaiado de ordens e contrordens. No horizonte distante, a silhueta recortada de uma ilha esquecida surgia, envolta em névoa e mistério como um fantasma das lendas marinheiras. Semanas antes, Ashford havia entrado em posse de uma carta náutica desgastada, com as bordas chamuscadas pelo fogo e as rotas traçadas em tinta enigmática. As fofocas falavam de um tesouro tão vasto que reinos inteiros tremeriam — mas os avisos do mapa também mencionavam traições que dizimaram tripulações inteiras. Enquanto gaivotas gritavam acima, o olhar firme de Ashford percorria sua tripulação — alguns ansiosos, outros receosos, e uns poucos cujos olhares brilhavam com intenções mais sombrias. No brilho das lanternas abaixo do convés, conspirações sussurradas já começavam a tomar forma: a promessa de ouro para quem ousasse se levantar contra o capitão. O oceano se estendia em todas as direções, trazendo consigo a verdade não dita de que somente um sairia vitorioso dessa viagem. Em algum lugar além das ondas revoltas jazia a ilha das riquezas ocultas, e Ashford sabia que cruzar o caminho para a lenda exigiria mais do que coragem — testaria a própria alma de cada homem que navegava com ele.

O Mapa e o Motim

Com o primeiro raio de sol, a borda esfarrapada do pergaminho se revelava estendida sobre a escotilha principal. Cada sopro de vento ameaçava levar embora mais um sussurro guardado na tinta desbotada do mapa. O imediato de Ashford, Rowan Hale, traçava com o dedo trêmulo uma linha marcada “Heart’s Blood Channel”, a voz abafada pelo assombro. Abaixo, no porão abafado, murmúrios erguiam-se como a maré: promessas de ouro e maldições para quem ousasse se interpor. Ao meio-dia, a aliança frágil entre Ashford e seus homens começava a se desmoronar. O tenente Briggs, antes um apoiador inabalável, passou a lançar olhares fulminantes ao longo do castelo de proa, resmungando sobre um capitão fraco demais para tomar o que o destino lhes oferecia. Entre ensopado salgado e pão dormido, forjavam-se alianças nos cantos sombreados: marinheiros que se sentiam traídos pela rota cautelosa de Ashford agora fitavam o mapa como se fosse a chave para usurpá-lo.

Uma tripulação de piratas reunida sob a luz de uma lanterna, planejando uma mutinada ao redor de um mapa do tesouro rasgado.
Debaixo de candelabros fracos, uma facção da tripulação sussurra planos para ficar com o tesouro, escondendo-se sob as marcações do mapa rasgado.

Naquela tarde, um lampião prateado balançava baixo na cabine do capitão. À luz trêmula, Briggs encurralou Ashford com um ultimato: mudasse o rumo e navegasse para o leste sob uma nova bandeira, ou enfrentasse o julgamento dos homens que se sentiam enganados. A mandíbula de Ashford endureceu como ferro. Falou de honra, de reputação, da promessa feita à sua tripulação heterogênea: partilhar não apenas o ouro, mas também o seu quinhão de perigo. Briggs respondeu com aço — avançou com a lâmina desembainhada, apenas para ser repelido pela defesa habilidosa do capitão. A lâmina agarrou-se à aba do casaco de Ashford, rasgando o tecido, mas poupando a carne. Abaixo, o pancar das botas e o tilintar do aço atraíram um bando de amotinados — olhos escuros como óleo, inflamados pela ambição da riqueza fácil.

O caos irrompeu no convés de popa quando os leais a Ashford enfrentaram o motim de frente. Lanternas tombaram; maldições ecoaram contra a madeira e as cordas. A vela carmesim acima inflava-se como uma criatura ferida enquanto os marinheiros lutavam em uma luz tênue e desesperada. Na confusão, Ashford encontrou Briggs junto à amurada — um embate de vontades sob o vergalhão que sustentava o pau de bandeira. Faíscas dançaram no ponto de encontro das lâminas. Com um giro final, Ashford desarmou Briggs, fazendo o sabre do amotinador despencar no mar revolto. Os últimos conspiradores fugiram para o porão, restando apenas o sopro ofegante do capitão e o sabor de sal e suor no ar da noite.

Ao raiar do dia, a Fragata Crimson seguia fiel à rota do mapa. Briggs e sua corja estavam confinados na masmorra, onde a desconfiança substituía a velha camaradagem. Ainda assim, apenas alguns desafiaram Ashford abertamente; o restante assistira com cálculo silencioso. A lealdade da tripulação renascia — tão frágil que podia se romper com a próxima rajada. Acima, gaivotas circundavam o céu pálido, como arautos dos desafios que aguardavam na misteriosa costa da ilha.

Provações na Ilha Proibida

A primeira visão de Ashford da ilha surgiu ao nascer do sol: uma silhueta escarpada coroada por névoa, meio oculta pelas espumejantes ressacas. Um recife enredado em águas esmeralda obrigou a Fragata Crimson a fundear ao largo, perigosamente próxima sob um ardil invisível. A tripulação remou contra a maré crescente em botes esburacados, remos fatiando a água como facões, corações disparados a cada rompante estrondoso das ondas. Quando a bota enfim tocou na areia, o grupo de desembarque se encontrou em um estreito banco de conchas e xisto, emoldurado por pinheiros retorcidos e pelo cheiro de sal e terra úmida.

A festa pirata atravessa densas matas e ravinas traiçoeiras em uma ilha misteriosa.
Videiras densas e penhascos escorregadios desafiam a determinação da tripulação enquanto eles avançam mais fundo ao coração selvagem da ilha, em busca do tesouro enterrado.

No interior, a floresta ergia-se como um labirinto vivo. Cada folha pingava umidade; cada tronco sugeria um sentinela encapuzado. Vinhas prendiam-se a casacos e cintos; raízes faziam tropeçar os menos atentos. Em algum lugar além do dossel denso, o mapa apontava para um templo antigo esculpido por arquitetos desconhecidos, o santuário onde o tesouro enterrado repousava oculto. A cada passo mais fundo na mata, surgiam novos avisos: pedras semi-enterradas gravadas com glifos enigmáticos, estacas enferrujadas elevando-se como costelas partidas de monstros marinhos, e o grito distante de uma criatura invisível. O brio da tripulação se esgarçou à medida que as sombras se alongavam. Cabanas de palha, agora sem teto, erguiam-se em silêncio sombrio — antigos postos avançados usados por caçadores de tesouros que haviam sumido sem deixar vestígios.

Na tarde, surgiu o primeiro teste: um abismo rasgava o solo, cruzado por uma única viga de madeira caída. Abaixo, águas negras agitavam-se em uma lagoa subterrânea. Um passo em falso significava perdição instantânea. Hale foi o primeiro a se oferecer, colocando a bota sobre a viga, lâminas em punho. No meio da travessia, a madeira gemeu; Hale congelou, o pulso estrondando em seus ouvidos. Ashford chamou instruções em voz calma, guiando-o até o outro lado. Quando se reuniram, cada um compreendia o preço do medo e o valor de uma determinação firme.

A noite caiu sob o dossel da floresta, um domo de folhas sussurrantes perfurado por vagalumes cintilantes. A tripulação se reuniu em torno de lanternas fracas, partilhando rações e histórias sobre fantasmas que supostamente habitavam o coração da ilha. Briggs permaneceu à parte, correntes tilintando, os olhos cintilando com inveja e um respeito relutante. Até os amotinados percebiam a magia antiga no ar: uma promessa de ouro e uma ameaça de morte. O brilho das estrelas filtrava-se pelos galhos, guiando-os mais para dentro em direção ao santuário oculto. Em algum ponto da escuridão, além de vinhas e ravinas, encontrava-se a entrada para seu destino — se algum deles ousasse reivindicá-lo.

O Confronto Final

A entrada do templo se abria como uma boca faminta sob uma cachoeira estrondosa que desaguava em uma bacia de pedra. Névoa se acumulava a seus pés, e o rugido abafava qualquer sussurro. Pilares ancestrais entalhados com símbolos indecifráveis erguiam-se de ambos os lados, metade engolidos pelo musgo rasteiro. Ashford abriu caminho pela caverna úmida, lâmpadas a óleo tremulando contra as paredes entalhadas. Cada passo ecoava como batida de tambor em uma cripta sagrada.

Capitão Ashford disputa um duelo com o pretendente a usurpador às margens de uma cascata turbulenta.
Um confronto de aço contra aço ecoa sob uma cascata estrondosa enquanto Ashford luta pelo mapa e pelo futuro de sua tripulação.

Briggs e alguns marinheiros endurecidos fechavam o cortejo, correntes tilintando, olhos fixos no olhar firme de Ashford. À luz das tochas, poeira de ouro reluzia nas fendas — prova de que a fortuna estava próxima. Seguindo os sinais do mapa, desceram escadarias de pedra em espiral abaixo da queda d’água, cada curva soltando pedrinhas e o eco de avisos esquecidos há séculos. O ar tornou-se mais frio; a umidade pingava dos arcos em poças rasas onde o reflexo da tripulação bailava na luz bruxuleante.

No coração do templo, uma câmara vasta se abria: pilares estendiam-se na escuridão, e ao centro erguia-se um pedestal de pedra sustentando um baú manchado de ferrugem. Quando Ashford avançou, Briggs irrompeu das sombras, lâmina em punho e olhar flamejante.

— O tesouro será meu — rosnou ele. Os demais amotinados cercaram Ashford, o aço refletindo o brilho das lâmpadas. Com as costas apoiadas em um pilar e o coração martelando, Ashford, porém, falou com calma: — Podem levar o baú — mas uma vez que o eco de sua ganância soar aqui, este lugar cobrará o seu preço.

Iniciou-se uma batalha feroz sob o rugido implacável da cachoeira. Faíscas voaram quando sabre encontrou sabre. A tripulação leal a Ashford irrompeu, ansiosa por desequilibrar o combate. Briggs e Ashford travaram um duelo final ao redor do pedestal. Metal contra metal; gotas de spray cintilavam em suas lâminas. Com um giro hábil, Ashford desarmou Briggs, fazendo o pirata cair numa poça rasa, onde permaneceu atordoado. O silêncio reinou, quebrado apenas pelo estrondo da cachoeira. Recolhendo o fôlego, Ashford estendeu a mão sobre o baú. Ao erguer a tampa, um brilho dourado inundou a câmara, iluminando cada rosto com assombro e reverência. O tesouro era real — muito mais esplendoroso do que as lendas prometiam — mas o verdadeiro prêmio era a união forjada pelo fogo e a coragem que os conduziu até aquele instante.

Conclusão

Quando a aurora despontou acima dos penhascos da ilha, os botes da Fragata Crimson balançavam suavemente na costa, carregados de baús repletos de moedas reluzentes, cálices cravejados de gemas e relíquias antigas que dormiam há séculos sob a terra. O capitão Elias Ashford mantinha-se na popa do bote, o peso da jornada passada em seus ossos e o gosto de sal eternamente em sua língua. Sua tripulação, antes dividida pela ganância e pelo medo, agora permanecia lado a lado, suas risadas erguendo-se sobre as águas como um tesouro em si mesmas. Até o tenente Briggs, humilhado pela derrota e pelas lições gravadas em cada pedra da ilha, acenou respeitosamente quando Ashford lhe ofereceu um lugar entre os sobreviventes. Enquanto a Fragata Crimson abria seu rastro no mar espelhado, a névoa se dissipava da ilha atrás deles, revelando um solo purificado pela tormenta e pela lenda. Aquela história tornaria-se mais um sussurro entre os marinheiros — um desafio cruel aos corações gananciosos, um teste de coragem que poucos ousariam repetir. Mas para Ashford e sua companhia, a verdadeira recompensa residia nos laços forjados pelo aço e pela tempestade, e na promessa de que, por mais oculto que fosse, a coragem sempre traçaria o caminho para a liberdade e a fortuna.

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